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    História para os mais novos?

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    Recentemente foi publicada em Portugal uma coleção de livros, em seis volumes, dirigida a um público infanto-juvenil, que se anuncia como um instrumento “familiar” para a divulgação da História de Portugal. Lançada a um preço apelativo (1€ por volume), “a História de Portugal para os mais novos é uma coleção com ilustrações apelativas, para ser lida e relida em família. E com uma linguagem muito acessível, a pensar nos mais pequenos, que encontrarão nesta coleção uma porta divertida para se apaixonarem pela rica e fascinante História do seu País.” (http://visao.sapo.pt/historia-de-portugal-para-os-mais-novos=f705665). Nesta comunicação pretende-se analisar criticamente a visão da História de Portugal que é transmitida nesta obra, destacando aspetos relacionados com a perspetiva que neles é veiculada, bem como o contributo destas obras de “divulgação” para a criação e/ou manutenção de um conjunto de estereótipos identitários. Simultaneamente, procura-se refletir sobre a escolha dos temas abordados em cada volume (por exemplo, no volume três escolhem-se “Um golpe do destino: A descoberta do Brasil; O destino de um guerreiro: A morte de D. Sebastião; A reconquista da independência: Guerra da Restauração), que pode ser pensada como um currículo “alternativo” aos saberes escolares, reforçando, mais uma vez, uma visão “tradicional”da História de Portugal

    UNIVERSIDADE DE ÉVORA – UM PASSADO COM FUTURO

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    A História da Universidade de Évora está por fazer e já vai sendo tempo de colmatar esta lacuna, dada a sua importância no contexto da História do Ensino em Portugal, não só porque foi a segunda Universidade do reino, mas também porque nela se formaram ao longo dos anos milhares de jovens que semearam a luz do conhecimento em Portugal e por todo o mundo. De facto, nascida numa época marcada pelo Humanismo e pela renovação da ciência e de grandes controvérsias no domínio da religião, a Universidade de Évora soube manter uma vocação ecuménica e acolher nos seus claustros mestres e discípulos provenientes de todo o país e do estrangeiro. Por isso, contribuir para fazer a História da Universidade é também contribuir para compreender melhor a História de Portugal e da Europa, é garantir que seja salvaguardada a sua herança humanista, que em última análise é a base indispensável para adquirir os valores que nos devem orientar nesta era de globalização e de informação. Neste texto, damos um guião de leitura para a antologia de documentos coligidos, sobre a História da Universidade de Évora, e reunidos em DVD. Nesse sentido fazemos a análise dos documentos reunidos para três períodos cronológicos: a Universidade Jesuítica, o Ensino no Colégio do Espírito Santo entre 1759 até 1974 e os últimos anos que vão da refundação da Universidade até ao presente

    Liga Naval Portugueza A Liga Naval Portugueza como espaço de reflexão estratégica

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    Este é um trabalho que se insere na História de Portugal, mas numa vertente marítima. Digo primeiro História de Portugal pois o que na realidade aconteceu com o seu decorrer, foi que muitos dos acontecimentos pertencentes à História do nosso país, se se tivesse dado mais importância ao mar e ao que dele poderíamos ter aproveitado, muito diferente poderia ter sido a nossa História. Especificamente falando deste tema que escolhi, a Liga Naval Portugueza, pouco ou nada é falado na História de Portugal acerca das organizações que poderiam ter feito a diferença no curso dos acontecimentos. Este tema aborda a ação da Liga Naval Portugueza e a influência que esta teve no seu período de ação. Uma organização é formada por pessoas que partilham um mesmo ideal. Esse ideal não foi formado aquando da formação da organização, teve um fundamento, um influenciador principal. Neste sentido, pretendo demonstrar as correntes estratégicas da altura e fazer a ligação entre elas e os membros da Liga Naval Portugueza. No produto final mostrarei a corrente que mais se adequa aos impulsionadores deste movimento e aos seus pensamentos e direcionar essa mesma análise no sentido de justificar a maior máxima que pode ser retirada deste trabalho, “O futuro de Portugal está no mar.”, o lema das campanhas de propaganda da Liga Naval Portugueza. Procuro também mostrar que estes acontecimentos, como tudo o que existe na História em geral, tem um fundamento e justifica muitos dos acontecimentos que um país pode estar a passar na atualidade. E no nosso caso, o facto de termos “desligado” da importância do mar, justifica muitos acontecimentos menos felizes da nossa História.This work based on the Maritime History of Portugal forms a thesis leading to a Master’s degree. An important point to base this discussion has to do with the fact that historically the maritime component of our History has no balanced description in the overall understanding of the History of Portugal. This analysis addresses the work of the “Liga Naval Portugueza” and its real importance. An organization is composed of people who share the same ideal. During the course of its actions an important line of action was developed based on balanced practices for implementation in Portugal, which takes into account the overall situation of the country. As a complement of the work, I would like to show the close relationship between the past and its contingencies and its influence into the present

    historiographic profiles in the syntheses of Portugal

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    UID/CPO/04627/2019The historiographic studies of the First World War in the most important syntheses of Portugal history follows pari passu the main historiographic changes during the twentieth century and the Portuguese self-concept as a nation. The historiographic discourse on war reflects the political paths and the impact of the dominant historiographical perspectives. The Estado Novo (1926-74) dictatorship promoted the development of historical studies, especially certain fields and specialties, with emphasis on diplomatic and military history and the history of overseas Portuguese expansion. Both served the interests of the political regime. Our study will start from the History of Portugal called “de Barcelos”, produced in the context of dictatorship (1928-1935), and partly influenced by historic traditional currents, continuing with the analysis of João Ameal synthesis (1940); go forward to the modern syntheses produced in democracy time (António Henrique de Oliveira Marques [1972-74, and José Mattoso [1992-94]), that reflect important changes in the scope of our historiography in general, in the concept of Portugal, and mainly in the visions of Portuguese participation in the Great War. Os modelos de análise historiográficos da I Guerra Mundial nas sínteses da História de Portugal acompanham pari passu as principais mudanças da nossa historiografia ao longo do século XX e do autoconceito de Portugal. Ao longo do século XX, o discurso historiográfico sobre a guerra, sofreu as vicissitudes da política e a influência da alteração das perspetivas historiográficas dominantes. Durante a ditadura do Estado Novo (1926-74) foram, especialmente, desenvolvidos os estudos de determinadas temáticas e especialidades, com destaque para a história diplomática e militar e a história da expansão portuguesa. Uma e outra serviam os interesses que mais aproveitavam ao regime. A nossa análise arrancará da História de Portugal dita “de Barcelos”, inicialmente produzida em contexto de ditadura (1928-1935), e em parte influenciada pelas tradicionais correntes da história, prosseguindo com a análise da síntese de João Ameal (1940); trilhando caminho até às mais recentes sínteses concebidas em tempo de democracia (António Henrique de Oliveira Marques [1972-74], e José Mattoso [1992-94]), que refletem importantes alterações no âmbito da nossa historiografia em geral, no conceito de Portugal, e das visões da participação portuguesa na Grande Guerra em particular.publishersversionpublishe

    A Misericórdia de Gouveia no Período Moderno

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    Comunicação apresentada nas Jornadas de História do Concelho de Gouveia, Gouveia, Portugal, 22 - 24 Março 2001

    Em torno da escolha do manual didático de História: opções de professores

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    Em Portugal, o processo de escolha e adopção de manuais didácticos é uma tarefa que compete aos professores, em cada agrupamento escolar e relativamente a cada área disciplinar. A comunicação visa explicitar os critérios e constrangimentos legais existentes e apresentar dados relativos à forma como professores de História realizam as suas opções por manuais didácticos. Trata-se de dados preliminares de um estudo que procura compreender as motivações e critérios que presidem às escolhas dos professores, identificando também algumas das suas ideias relativamente aos usos e à importância do manual escolar. A amostra é constituiída por professores de História do ensino básico e secundário a leccionar em escolas de Évora/Portugal

    Currículo e ensino da História no 1º ciclo do Ensino Básico em Portugal: notas para uma reflexão

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    Iniciamos o nosso artigo sobre o currículo e ensino da História no 1º ciclo em Portugal situando esta área no quadro mais geral das Ciências Humanas, ao qual pertence. De seguida tentaremos perceber como é que a História se tem configurado neste ciclo e qual a contribuição que dá para a formação integral dos alunos, com o intuito de discutir alguns aspectos da relação entre o currículo nacional e as metodologias de ensino da História neste nível de ensino

    História de Portugal no 1º ciclo do ensino básico: os programas, os manuais e a voz dos alunos

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    Ao replicar, em 2004, um estudo desenvolvido em 1998 sobre manuais de Estudo do Meio, fui confrontada com significativas alterações nesses manuais em relação aos conteúdos e metodologias de aprendizagem de história de Portugal. Não se tratou apenas da introdução de muitos conteúdos mas da forma como são apresentados e a concepção de história tradicional, factual, que evidenciam. Na análise que as crianças fizeram dos manuais que estavam a usar, através de questões sobre o que gostavam e não gostavam e da selecção de páginas preferidas ou não e das justificações para essas escolhas, foram surpreendentes as reacções, umas de verdadeira repulsa por esse tipo de história e da maneira como foi ensinada mas também outras de apreço. Assim, numa primeira secção reflecte-se sobre a natureza da História e brevemente sobre a História de Portugal proposta nos programas do Ensino Básico do 1º ciclo nas últimas décadas e sobre o papel dos manuais escolares na difusão e implementação, ou não, dessas orientações. Numa segunda secção analisa-se a posição de um grupo de crianças perante o tipo de história apresentada nos manuais actuais e a forma como o seu ensino terá sido promovido.Centro de Investigação em Educação (CIEd).Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC)

    História da Matemática

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    O ponto de partida para uma digressão sobre a produção científica da História da Matemática em Portugal / Memória (pós Luzes) implica entrar na produção de cultura científica dos matemáticos portugueses. No contexto das práticas comemorativas de 1872, na gramática positivista da exaltação da reforma pombalina, fixa-se a primeira base: a Memória da Faculdade de Matemática e o seu carácter de excepcionalidade e de originalidade no contexto europeu, alargando o contributo da obra clássica de Francisco Borja de Garção Stockler Ensaio historico sobre a origem e progressos das mathematicas em Portugal (Paris, 1819). No contexto nacional e internacional fica marcado o território para a construção de uma memória (nacional e internacional) da Matemática em Portugal para o período do final da Monarquia Constitucional, para a República e também para a primeira fase do período do Estado Novo (1933–1940). A viragem do século XIX é marcada pela realização da Exposição Universal de Paris 1900 que enquadra a organização e edição de Les Mathématiques en Portugal au XIX ème Siècle (R. Guimarães); por outro lado, Francisco Boletim da SPM 65, Outubro 2010, pp. 39–53 40 Memória (e) História da Matemática em Portugal Gomes Teixeira atravessa vários eventos internacionais na primeira metade do século XX. A Exposição Ibero Americana de Sevilha, em 1929, foi também pretexto para uma outra sistematização da memória matemática e dos matemáticos. Devemos ainda acrescentar os múltiplos Congressos da Associação ‘Luso-Espanhola’ para o Progresso das Ciências (1917–). Como ponto de paragem de um tempo de longa duração da história da cultura científica fixamo-nos, como baliza de abordagem, em 1940 no VIII Congresso do Mundo Português, Actividade Científica em Portugal. Entender a rede de inteligibilidade existentes entre a edição pública, a participação em acontecimentos celebrativos e a construção de uma memória de identidade científica dos Matemáticos em Portugal, na primeira metade do século XX, constitui a nossa proposta de abordagem

    Mortu nega (1988): cinema e história na luta de independência e o pós-colonial “daqueles a quem a morte foi negada”

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    As relações entre Portugal e o território que corresponde à atual Guiné-Bissau datam do século XV. Com a chegada de Diogo Gomes na costa africana, as relações territoriais, políticas e culturais se intensificaram. Entre 1884 e 1885, após a Conferência de Berlim, foram delimitadas as fronteiras físicas do continente africano. Em janeiro de 1963, deflagrou-se a luta da Guiné pela independência contra o colonialismo português, que só será reconhecida oficialmente por Portugal depois do 25 de abril de 1974. Nesse sentido, a história de Portugal e da Guiné-Bissau se cruza, razão pela qual é feito neste texto um levantamento sobre as relações entre cinema e história, por meio das questões presentes no filme Mortu nega (1988), do cineasta bissau-guineense Flora Gomes. Salienta-se que este texto faz parte do primeiro capítulo da tese de doutorado, que está na fase de escrita, sobre a autoria na obra do cineasta.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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